Pesquisa concluída no último dia 26 mostra cenário equilibrado entre as principais forças políticas no estado de São Paulo entre essa pesquisa e a anterior, números que podem ser explicados pelo recall eleitoral (quando o eleitor se lembra dos candidatos de eleições passadas), mas ainda é preciso considerar o fator Rodrigo Garcia. O pré-candidato do PSDB cresceu 150% nas intenções de voto.
Vamos aos números
Alckmin 19%, Fernando Haddad 16%, Márcio França 15%, Guilherme Boulos 14%, Paulo Skaf 7%, Rodrigo Garcia 5%, Arthur do Val 4%, Vinícius Poit 2%, Tarcísio de Freitas 2%, Branco/ Nulo 8%, Não sabe 8%.
O que se pode esperar da esquerda
Podemos lançar uma aposta: o segundo turno será entre um candidato da esquerda (PT ou PSOL) e um candidato da centro-direita (Alckmin, França, Skaf ou Garcia). O crescimento da candidatura de Lula em nível nacional impulsionará esse movimento, o ambiente de polarização não mostra nenhuma tendência de arrefecimento.
O quase ex-tucano, Alckmin
Alckmin aparece com números vistosos, mas é praticamente uma obviedade que dessa vez disputará sem os mesmos recursos e palanques de anos atrás, já que o ex-governador sairá do PSDB. E não se trata apenas recursos, mas de discurso. A esquerda paulista dificilmente forma maioria – só que as convergências entre PT e PSOL podem acontecer, em 2022 a centro-direita estará bastante fragmentada. É nesse cenário que surge a dúvida:
Qual será o peso de Rodrigo Garcia?
Da última pesquisa para a atual, o vice-governador cresceu 150% – e a disputa nem começou propriamente. Pode parecer pouco em números absolutos, mas condiz com a maior exposição que vem acontecendo. Diferente dos demais candidatos no mesmo espectro ideológico: Garcia será uma novidade. Sustentará sua posição como opção segura: faz parte de um grupo político que não perde eleição desde os meados da década de 1990.
Sobre a pesquisa
EXAME/IDEIA ouviu duas mil pessoas entre os dias 23, 24, 25 e 26 de agosto. A margem de erro é de 1,75 ponto percentual para mais ou para menos.